✨Tudo está conectado: o café que bebemos

Sempre gostei muito de café. Ele sempre esteve presente nos meus dias, na minha rotina, nos encontros. Quando eu era criança, lá em casa, tomávamos café juntos pela manhã: meus avós, meu pai, minha prima e eu. O café era solúvel, com açúcar cristal e leite de vaca — tirado pela minha tia todas as manhãs (mas eu gostava sem leite).

Às vezes, minha avó preparava de forma diferente: colocava bastante açúcar na caneca, adicionava o café solúvel, algumas gotinhas de água quente e mexia até formar uma pastinha cremosa. Depois, completava com água quente ou leite, e aquilo virava um café doce e cremoso. Foi assim que o café entrou na minha vida.

Por muito tempo, não pensei muito sobre isso. Apenas escolhia o que o dinheiro podia pagar e as marcas mais populares do supermercado. Com o tempo, algo mudou: percebi que cada escolha — o que comemos, cheiramos, sentimos — está conectada a algo maior, que alimenta não só o corpo, mas também a alma e a energia que carregamos.

Foi assim que o café mereceu um novo olhar: mais atento, consciente e cheio de afeto.

O que observar na hora de comprar café

O café, como qualquer alimento, pode conter traços de substâncias naturais ou ambientais, como micotoxinas, que podem se desenvolver se os grãos não forem armazenados corretamente. A ocratoxina A é um exemplo dessas substâncias. No Brasil, a ANVISA estabelece limites de segurança para micotoxinas no café (RDC nº 07/2011).

Alguns pontos para ficar atento:

  • Origem e rastreabilidade dos grãos;
  • Café orgânico certificado, produzido sem pesticidas ou agrotóxicos sintéticos;
  • Selos de qualidade, como os da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café);
  • Data de torra: quanto mais recente, melhor para aroma e sabor.

Tipos de café: solúvel, pó ou grãos

Café em grãos: o mais fresco, moído pouco antes de preparar, mantém aroma e sabor intactos.

Café solúvel (instantâneo): passa por processamento industrial, perde parte dos óleos essenciais, aroma e sabor. É prático, mas costuma ter menor qualidade.

Café em pó: preserva melhor os compostos naturais, principalmente se moído próximo ao consumo.


Café orgânico x convencional

O café orgânico é cultivado sem agrotóxicos ou fertilizantes sintéticos, respeitando ciclos naturais da planta e do solo. Isso também ajuda a reduzir resíduos químicos. No Brasil, precisa ter certificação do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

O café convencional pode conter resíduos de agrotóxicos e nem sempre segue práticas sustentáveis. A escolha influencia não só a qualidade do produto, mas também o impacto ambiental e social.


O caminho do café até sua xícara

O café passa por várias etapas até chegar à sua mesa:

  1. Cultivo e colheita;
  2. Processamento dos grãos (via úmida ou seca);
  3. Secagem, beneficiamento e torra;
  4. Moagem (quando não vendido em grãos);
  5. Empacotamento e distribuição.

Cada etapa influencia sabor, frescor e qualidade nutricional. Procure cafés que detalhem essas etapas na embalagem ou site.


Horários recomendados para consumo

✅ Ideal:

  • De manhã, após o café da manhã;
  • Meio da manhã ou início da tarde;

⚠️ Evite:

  • Logo ao acordar, quando o corpo já produz cortisol;
  • À noite, próximo ao horário de dormir;
  • Imediatamente após refeições principais, especialmente o almoço.


Nutrientes e efeitos do café

O café contém:

  • Cafeína: estimula o corpo e a mente;
  • Polifenóis: antioxidantes naturais;
  • Niacina (vitamina B3): apoia o metabolismo energético;
  • Pequenas quantidades de potássio e magnésio.

O consumo consciente é sempre recomendado, respeitando seu próprio corpo e rotina.

Café descafeinado: mantém antioxidantes, mas com menos cafeína, ideal para quem é sensível ou consome à noite.


E tomar café após o almoço? Um detalhe que faz diferença

Essa semana estive em uma consulta com a Dra. Isabela, minha médica (que eu amo muito), estávamos conversando sobre os resultados dos meus exames de sangue. Um dos índices — o de ferro — havia caído. Perguntou se eu havia mudado algo na alimentação. Respondi que, na verdade, estava me alimentando até melhor. Foi aí que ela me perguntou: “Você costuma tomar café logo após o almoço?”.

Sim, eu estava fazendo isso fazia mais ou menos um mês — sentia cansaço após comer e me dava vontade de tomar uma caneca quentinha. E esse simples hábito pode ter influenciado a absorção de ferro e outros minerais importantes no meu caso. Foi um alerta precioso. Um detalhe que, se não fosse por essa conversa, talvez eu nunca soubesse. Desde então, mudei meu horário de café e até minha disposição melhorou! O conhecimento é maravilhoso, e aplicado é, sem d

⚠️ Lembrete: cada pessoa tem um metabolismo e necessidades diferentes. Consulte sempre seu médico ou nutricionista antes de fazer alterações na dieta.


Preparando o café em pó: dicas práticas

🌡️ Temperatura da água: 90 °C a 96 °C — água fervendo queima o pó e altera o sabor.

🧺 Filtro:

  • Papel sem branqueamento químico (marrom) ou coador de inox/pano bem higienizado;
  • Evite filtros plásticos antigos ou danificados.

🔄 Moagem sem moedor:

  • Liquidificador ou processador em pulsos curtos;
  • Pilão de madeira ou almofariz de cerâmica para pequenas quantidades.

💡 Armazenamento e proporção:

  • Pote de vidro bem fechado, longe de calor e luz;
  • Colher seca para não criar umidade;
  • 1 colher de sopa rasa de café para cada 100 ml de água (ajuste ao gosto).

O café que usamos

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Nota importante

Este conteúdo é baseado em experiência pessoal e pesquisa independente. Não substitui orientações médicas, nutricionais ou profissionais individualizadas. Busque sempre acompanhamento adequado ao seu contexto.


Fontes e referências

Site Dra. Isabela Stoop – https://isabelastoop.com.br

ANVISA: RDC nº 07/2011 – Limites máximos tolerados de micotoxinas em alimentos

ABIC – https://abic.com.br

Embrapa Café – https://www.embrapa.br/cafe

Informações gerais sobre composição nutricional do café – USDA

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