Você já se perguntou quem você é? Quem realmente é você de verdade?
Pode parecer estranho fazer uma pergunta dessas, talvez até um pouco bobo. Talvez você pense que, por ter 20, 30, 40, 50, 60, 70 ou 80 anos, já saiba tudo sobre si mesmo.
Todos nós temos uma gama de versões, as quais vamos construir e (re)construir ao longo da vida. Algumas pessoas temem a mudança, enquanto outras têm medo de que as coisas nunca mudem. Assim, há versões de nós mesmos que nos recusamos a olhar, deletamos, esquecemos ou fingimos que não existem. Isso ocorre por diversos motivos: temos medo de nos confrontar com emoções, memórias, sentimentos e comportamentos. Quando os encaramos, eles também nos encaram de frente. E o que fazemos com isso?
Muitas vezes, entendemos que há um tempo no futuro para lidar com essas questões ou que não lidar com elas seja a melhor solução. Mas, por experiência própria, tudo o que não é resolvido volta — e, geralmente, em um tamanho muito maior do que quando o deixamos escondido.
Dessa forma, o processo de autoconhecimento envolve inúmeras questões e variáveis: a pessoa que você acredita ser, a pessoa que deseja se tornar, o que aconteceu com você ao longo da sua vida e talvez, principalmente o que escolheu fazer com tudo isso. Afinal, quando dizemos “não” para algo, também estamos dizendo “sim” para outra coisa — e o contrário também é verdadeiro.
Em algum momento da nossa vida, durante uma travessia, será necessário nos confrontarmos, olharmos para o nosso todo — as partes que veneramos e aquelas de que não gostamos tanto assim. Senão conseguirmos nos encarar como um reflexo e abraçar tanto nossas conquistas quanto nossos infortúnios, não conseguiremos (re)alinhar nossos objetivos e nosso ser. Lembre-se de que essas questões não são momentâneas; elas seguem um fluxo que nos acompanha. Dessa forma, o autoconhecimento é um devir, um vir a ser: nos construímos, desconstruímos e nos (re)alinhamos constantemente.
Por que você faria isso?
Para responder a essa pergunta, é necessário refletir. Tente ver sua vida como um filme, com todos os marcos: os momentos de glória e aqueles que você não quer encarar e quem sabe assim encontrará pistas.
O que você ganha com isso?
Bem, se você está aqui, lendo isto, suponho que você esteja procurando algo — não necessariamente respostas, mas talvez uma conexão, algo a mais para sua jornada.
Você sabia?
Até mesmo os planetas, por mais distantes que estejam da Terra, de tempos em tempos se alinham e nos deslumbram com a magnitude desse momento perfeito.
Alinhar-se consigo mesmo talvez não seja fácil agora, mas isso não significa que seja impossível. Seja amoroso consigo mesmo e faça isso no seu próprio tempo.
Como disse o Gênio:
“Posso apenas lhe orientar a direção da arrojada trilha da transformação, mas saiba que já conhece o caminho e terá que percorrê-lo sozinho.”
— Mateus, o Gênio e a Princesinha.